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Baterias utilizadas em mobilidade elétrica podem ser reaproveitadas
15 de agosto de 2022
Tupy e Senai Paraná desenvolvem projeto que viabiliza o reuso, contribuindo com menor impacto ambiental
Elas se tornaram populares. Nos últimos anos, as baterias de íons lítio vêm ganhando o mercado de mobilidade por meio de aplicações em patinetes, bicicletas, motocicletas e, principalmente, em carros elétricos. Pensando nesta alta demanda e na procura por este tipo de aplicação, a Tupy e o Senai Paraná estão desenvolvendo um projeto que deve permitir a reutilização destas baterias em outros segmentos.
Quando é utilizada em produtos voltados à mobilidade, a bateria de íons lítio necessita de um rendimento elevado. Por isso, a longo prazo, precisa ser substituída para não comprometer o bom funcionamento do equipamento. Mas, mesmo ao final da vida útil no veículo, existe a possibilidade de células e módulos da bateria ainda serem reaproveitados em outras aplicações, antes de serem destinados à reciclagem. A Tupy e o Senai Paraná, por meio do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica, estão trabalhando justamente no desenvolvimento de um método de validação da bateria para aplicação em segunda vida. Isso porque as células e módulos só podem ser reutilizados após passarem por uma avaliação técnica rigorosa.
Com esse projeto, as instituições pretendem inovar no procedimento de triagem e testes de baterias para aplicação em segunda vida. Além disso, o estudo tem um impacto ambiental positivo, pois, propõe o reuso de baterias, iniciativa que, segundo a hierarquia proposta pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, é anterior à reciclagem.
“Como ocorre com quase todos os produtos que utilizamos, as baterias chegarão ao final da vida em algum momento. Esse tempo está estimado em torno de oito a dez anos. Ou seja, daqui uma década, a maioria das baterias que equipam os veículos elétricos deverá ser substituída por baterias novas. Caso não sejam corretamente destinadas, esse volume de baterias se tornará um passivo ambiental gigantesco. É por isso que diversas medidas estão sendo tomadas, incluindo estudos e desenvolvimentos voltados à aplicação dessas baterias em um segundo uso”, explica o pesquisador do Senai Paraná, Heverson Freitas.
A execução do projeto trará para a Tupy expertise em análise e elaboração de packs de baterias de íons de lítio de segunda vida, conhecimento que poderá representar uma nova vertente no negócio da Companhia. “Já anunciamos outros projetos de desenvolvimento no âmbito das baterias, porém, dedicados à reciclagem. No caso do reuso, a oportunidade de mercado é outra. Com a ampliação do uso de fontes renováveis de energia, a intermitência é um fator de preocupação. Por meio das baterias, é possível equilibrar demanda e produção de energia, gerando maior eficiência de operação. Utilizando as de segundo uso, os custos econômicos e ambientais são menores, o que aumenta a viabilidade dos projetos de geração de energia solar e eólica, assim como os postos de carregamento rápido.”, explica André Ferrarese, diretor da Tupy Tech.
Sobre a TUPY
Multinacional brasileira que desenvolve e produz componentes estruturais em ferro fundido de alta complexidade geométrica e metalúrgica. Essas soluções de engenharia são aplicadas nos setores de transporte, infraestrutura, agronegócio e geração de energia e contribuem para a qualidade de vida das pessoas, promovendo acesso à saúde, saneamento básico, água potável, produção e distribuição de alimentos e comércio global. Sua produção está concentrada nas fábricas brasileiras, em Betim/MG, Joinville/SC e Mauá/SP, e no exterior, nas cidades de Aveiro, em Portugal, e em Saltillo e Ramos Arizpe, no México. Além disso, possui escritórios comerciais no Brasil, Alemanha, Itália e EUA. www.tupy.com.br
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