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Tupy anuncia primeira planta de reciclagem de baterias com tecnologia hidrometalúrgica flexível
14 de novembro de 2024
Projeto desenvolvido em parceria com USP e Embrapii recebeu R$ 12,3 milhões em investimentos iniciais, dos quais quase R$ 7 milhões foram aportados pela Tupy
São Paulo, 14 de novembro de 2024 – A Tupy, multinacional brasileira com 86 anos de história e tradição na produção de componentes estruturais, também tem se dedicado à Pesquisa e Desenvolvimento de produtos, serviços e tecnologias que promovam a descarbonização. Como parte deste movimento, a Companhia anuncia a sua primeira planta-piloto de reciclagem de baterias. O projeto, que vem sendo desenvolvido em parceria com USP e Embrapii desde 2021, já recebeu R$ 12,3 milhões em investimentos, dos quais quase R$ 7 milhões foram aportados pela Tupy.
Além desta iniciativa, o portifólio abrange diferentes horizontes de maturidade tecnológica e ambiente de negócios. São soluções desde o desenvolvimento de materiais e equipamentos para o uso de combustíveis de baixo carbono como etanol, biometano e hidrogênio, como também soluções de captura de metano acelerando a descarbonização dos veículos pesados em cooperação com o agronegócio.
No projeto relacionado à reciclagem, destaca-se que as baterias de íons de lítio podem conter diferentes tipos de químicas para diferentes tipos de aplicações. De acordo com André Ferrarese, diretor de P&D Disruptivo da Tupy, a planta-piloto funcionará no Instituto de Pesquisas Tecnológicas em São Paulo e será a primeira a utilizar uma tecnologia de hidrometalurgia flexível, capaz de processar, no mesmo lote, diferentes químicas de baterias existentes no mercado. Isso deve conferir aumento de produtividade de processamento. A tecnologia desenvolvida se aplica a todas as químicas comerciais existentes no mercado, incluindo NMC, NCA, LMO, LCO e LFP.
A hidrometalurgia é um processo químico que utiliza menos energia do que os meios convencionais de recuperação e possibilita maior reaproveitamento de materiais – incluindo o lítio, que não é restaurado na pirometalurgia (processo convencional). “Com três patentes já depositadas, o objetivo da planta-piloto é que possamos fechar o ciclo de desenvolvimento, considerando os excelentes resultados obtidos em laboratório, em maior escala, principalmente, na recuperação de materiais em altas porcentagens e ainda na alta pureza do material recuperado.”
Estima-se que o volume mundial de baterias para reciclagem atingirá 1.850 kton até 2030, de acordo com a McKinsey & Company. E, a partir desse ano, haverá um déficit de 10 a 20% entre a demanda por lítio e a capacidade produtiva desse mineral, o que destaca a reciclagem como uma fonte secundária crucial para suprir essa lacuna.
Essa previsão se refere basicamente a baterias de veículos eletrificados. O processo desenvolvido em colaboração com USP e Embrapii ainda proporciona reciclagem de baterias de eletrônicos como notebooks, celulares e tablets, e os bancos de baterias, fundamentais para otimizar geração de energia renovável das fontes intermitentes como solar e eólica.
Resultados já obtidos ao longo do desenvolvimento
Ao longo do projeto, os mestres e doutores responsáveis já identificaram que é possível reduzir significativamente (em mais de 70%) as emissões de CO2 no processo de reciclagem por meio da hidrometalurgia, aumentando a taxa de recuperação dos metais raros em mais de 90%, o que diminui o impacto ambiental da produção de novas baterias, pois reduz a dependência da mineração.
Recentemente, a parceria da Tupy com a USP e a Embrapii no projeto de reciclagem de baterias destacou-se como um dos principais cases que contribuíram para a conquista da 47ª posição da Tupy no ranking Valor Inovação Brasil 2024, entre as 150 empresas mais inovadoras do país. Além disso, a Companhia foi reconhecida como a segunda empresa mais inovadora na categoria Bens de Capital. “Esses reconhecimentos reafirmam o compromisso da Tupy com a descarbonização e com o desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras,” declara Gueitiro Guenso, VP de Inovação e Novos Negócios da Tupy.
Sobre a TUPY
Multinacional brasileira que desenvolve e produz componentes estruturais em ferro fundido de alta complexidade geométrica e metalúrgica. Essas soluções de engenharia são aplicadas nos setores de transporte, infraestrutura, agronegócio e geração de energia e contribuem para a qualidade de vida das pessoas, promovendo acesso à saúde, saneamento básico, água potável, produção e distribuição de alimentos e comércio global. Sua produção está concentrada nas fábricas brasileiras, em Betim/MG, Joinville/SC e São Paulo/SP, e no exterior, nas cidades de Aveiro, em Portugal, e em Saltillo e Ramos Arizpe, no México. Além disso, possui escritórios comerciais no Brasil, Alemanha, EUA, Itália e Países Baixos.
Informações para a imprensa:
Edelman: Tupy@edelman.com